quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Geógrafo deve intervir nos fenômenos atuais


O Dia do Geógrafo que aconteceria no dia 29 de maio, quando é comemorada a data da categoria, foi comemorado na última, quinta-feira, dia 11, no Auditório da Fafil. O evento aconteceu com a palestra do professor da PUC-SP Douglas Santos, que contextualizou as manifestações populares que explodem na Europa com a função do geógrafo. Segundo Santos, o papel do geógrafo e da geografia é refletir em que medida esses fenômenos acontecem e como os profissionais devem intervir.
Santos abordou a função do geógrafo e questionou como o profissional deve atuar frente às novas manifestações sociais. O geógrafo fez um histórico das revoltas populares que acontecem na Inglaterra, onde começou uma onda de distúrbios em Londres e durou cerca de uma semana onde jovens encapuzados incendiaram carros e imóveis, atiraram rojões em policiais e saquearam o comércio, nos piores incidentes registrados em várias décadas na capital britânica. Segundo o professor, os jovens foram para as ruas sem um objetivo, se não saquear dos mais variados produtos.
“As manifestações na Inglaterra e alguns países na Europa acontecem para fazer saque. É a troca do trabalho pelo não trabalho. As pessoas estão na rua, mas não é para fazer a revolução. Isso nos incomoda e ficamos indignados”, comentou.
De acordo com Santos, não há uma ideologia dos revoltosos. Segundo ele, houve um Folhetim na França que dizia para a população ficar indignada contra o governo do presidente francês, Nicolas Sarkozye. Lá, não aconteceu nada, porém o movimento explodiu na Espanha.
O movimento dos "indignados" começou no dia 15 de maio, uma semana antes das eleições municipais, como resposta de milhões de espanhóis irritados com as consequências da crise econômica, se organizaram por meio das redes sociais, se espalhou pelo país. Centenas de jovens continuam unidos por noites e dias no acampamento de Puerta del Sol. “Diante disso, qual é o papel do geógrafo em meio a essa nova realidade? Precisamos verificar onde foi que nós erramos, em que medida, essa geração criou mecanismos e se chegou a esse determinado ponto”, relatou.
Brasil – Segundo o palestrante 80% da população brasileira vive em nas grandes capitais, porém não têm o controle do urbano. “Enquanto Geógrafos, em que medidas esses fenômenos acontecem e como poderemos intervir. Acho que a geografia e o geógrafo devem refletir por esse caminho”, finalizou.
Fonte:
http://www.fsa.br/conteudo/index.asp?pagina=noticias_interno&c=7&s=9&id=1181