domingo, 16 de dezembro de 2012

“Gestão de recursos hídricos e cooperação internacional”, das palestrantes Fernanda Mello Santanna e Pilar Carolina V. Lainié



 Entre os dias  24 e 29 setembro aconteceu na FSA a Semana de Geografia e Ciências Sociais. No primeiro dia contamos com uma palestra sobre recursos hídricos no Auditório Honestino Guimarães na Faculdade de Filosofia e Letras da Fundação Sto André: 

 “Gestão de recursos hídricos e cooperação internacional”, das palestrantes Fernanda Mello Santanna e Pilar Carolina V. Lainié

Durante a semana que integrou os cursos de Ciências Sociais e Geografia a segunda feira foi reservada para discutir a questão da água. Fernanda Mello Santanna, cuja pesquisa engloba a Bacia Amazônica falou sobre a cooperação e conflitos que a envolvem, começando pelos distintos termos que englobam a palavra “Amazônia”: seu critério político-administrativo, hidrográfico e ecológico.
Passando por um breve histórico das regiões que compreendem os 8 países e uma colônia que hoje são chamados de amazônicos, foi citado aspectos gerais da vegetação, hidrografia e ocupação. Enfatizando que a formação territorial se deu voltada para o mercado externo, seja no ciclo da borracha ou na decadência do mesmo, ou na política da década de 1940 de “ocupar espaços vazios”.
Na questão hidrológica, por se tratar de gestões compartilhadas, como é o caso do Rio Amazonas que nasce nos Andes, qualquer fator pode virar um desentendimento entre os países, como a poluição, hidrelétricas e a questão do desmatamento. Hoje, a principal questão que norteia essa região são as tentativas de integração dos territórios, como a IIRSA, que adota a lógica da integração física dos corredores globais, tendo o eixo Peru-Brasil-Bolívia como o principal projeto, deixando a questão: integrar a quem?
Já a segunda palestrante, Pilar Carolina V. Lainié tratou das águas subterrâneas, uma questão mais complexa do que as águas superficiais, já que não estão ao alcance da população e só em crises que se voltam para elas. Também desmistificou o senso comum de que só em áreas de grandes bacias hidrográficas se encontram os aquíferos.
Os estudos de aquíferos são recentes e pouco divulgados, o aquífero Guaraní, centro da pesquisa, só foi oficializado em 1996, após perceberem vários sistemas interligados de água.
Há uma ausência de conflito na questão das águas subterrâneas ao longo da história, mesmo em gestão coletiva, já que não há muita fiscalização. A questão mais cuidadosa quando se trata dos recursos hídricos, é a poluição da água, fato bem presente nos aquíferos, poluídos pelo contato no solo.

Colaboração: Renata Igual - aluna do 2º Ano B de 2012 .

Nenhum comentário:

Postar um comentário