Entre os dias 24 e 29 setembro aconteceu na FSA a Semana de Geografia e Ciências Sociais. No primeiro dia contamos com uma palestra sobre recursos hídricos no Auditório Honestino Guimarães na Faculdade de Filosofia e Letras da Fundação Sto André:
“Gestão de
recursos hídricos e cooperação internacional”, das palestrantes Fernanda Mello
Santanna e Pilar Carolina V. Lainié
Durante a semana que
integrou os cursos de Ciências Sociais e Geografia a segunda feira foi
reservada para discutir a questão da água. Fernanda Mello Santanna, cuja
pesquisa engloba a Bacia Amazônica falou sobre a cooperação e conflitos que a
envolvem, começando pelos distintos termos que englobam a palavra “Amazônia”:
seu critério político-administrativo, hidrográfico e ecológico.
Passando por um breve
histórico das regiões que compreendem os 8 países e uma colônia que hoje são
chamados de amazônicos, foi citado aspectos gerais da vegetação, hidrografia e
ocupação. Enfatizando que a formação territorial se deu voltada para o mercado
externo, seja no ciclo da borracha ou na decadência do mesmo, ou na política da
década de 1940 de “ocupar espaços vazios”.
Na questão hidrológica, por
se tratar de gestões compartilhadas, como é o caso do Rio Amazonas que nasce
nos Andes, qualquer fator pode virar um desentendimento entre os países, como a
poluição, hidrelétricas e a questão do desmatamento. Hoje, a principal questão
que norteia essa região são as tentativas de integração dos territórios, como a
IIRSA, que adota a lógica da integração física dos corredores globais, tendo o
eixo Peru-Brasil-Bolívia como o principal projeto, deixando a questão: integrar
a quem?
Já a segunda palestrante,
Pilar Carolina V. Lainié tratou das águas subterrâneas, uma questão mais
complexa do que as águas superficiais, já que não estão ao alcance da população
e só em crises que se voltam para elas. Também desmistificou o senso comum de
que só em áreas de grandes bacias hidrográficas se encontram os aquíferos.
Os estudos de aquíferos são
recentes e pouco divulgados, o aquífero Guaraní, centro da pesquisa, só foi
oficializado em 1996, após perceberem vários sistemas interligados de água.
Há uma ausência de conflito
na questão das águas subterrâneas ao longo da história, mesmo em gestão
coletiva, já que não há muita fiscalização. A questão mais cuidadosa quando se
trata dos recursos hídricos, é a poluição da água, fato bem presente nos aquíferos,
poluídos pelo contato no solo.
Colaboração: Renata Igual - aluna do 2º Ano B de 2012 .
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