segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SEMANA DE GEOGRAFIA 2013

GEOGRAFIA E REALIDADE: PARA QUE(M) SERVE A SUA GEOGRAFIA?




SEGUNDA-FEIRA. Dia 16 de Setembro de 2013

Abertura com a peça teatral: A Alma Boa de Setsuandré, com Cia do Nó. 18h00. Peça inspirada na obra de Bertolt Brecht, no Auditório do Colégio – FSA. 




Mesa: Rios e Meio Urbano: Para onde correm as águas da cidade? 20h.
Janes Jorge (UNIFESP) e Silvia Zanirato (USP)

Durante muitos anos os rios de São Paulo foram uma das razões da existência da cidade, essenciais em seu período inicial de ocupação. Porém no meio do caminho havia um rio; muitos rios, e com o passar dos anos foram vistos como empecilhos ao desenvolvimento da metrópole. Era preciso sanear as várzeas e com elas o mau cheiro, as doenças, os alagamentos, os negros, os pobres e seus costumes que atrapalhavam o sonho da elite de impor às cidades brasileiras os padrões europeus de urbanização e civilização. Soterraram e canalizaram córregos, rios foram desaparecendo da paisagem e se esqueceu a hidrografia. As terras alagadiças se tornaram novos terrenos para usar, especular, lucrar. As cidades cresceram, no lugar da água: Cimento, no lugar da terra e da vegetação: Asfalto. As temperaturas locais aumentam, as chuvas caem, os rios disputam espaço com as ruas que os sufocaram e nos lembram de que continuam existindo.


TERÇA-FEIRA. Dia 17 de Setembro de 2013

Mesa: Geografia Crítica e crítica à geografia. 20h.
Charlles da França Antunes (UERJ- FFP) e Isabel Alvarez (USP)

No XVII Encontro Nacional de Geógrafos, em Belo Horizonte, em uma mesa sobre balanços da geografia brasileira ouvimos que muitos vezes o “título” de crítico conferido a alguns geógrafos se dá simplesmente pela inércia que se estabelece no estudo da ciência geográfica e que em publicações recentes falta à crítica à geografia crítica. Carlos Valter, em 1982, começa seu texto A Geografia está em crise. Viva a Geografia com as palavras “Muita tinta se tem gasto para discutir o que seria uma geografia científica” a fim de compreender o que é a Geografia, a quem e para quem serve. A questão depois de 30 anos é se essas indagações foram respondidas e se a Geografia Crítica tem um papel efetivo até hoje na Geografia que queremos.


QUARTA-FEIRA. Dia 18 de Setembro de 2013

Mesa: Do Quilombo a Favela. Por uma nova construção de identidade do território habitado. 20h. 
Andrelino Campos (UERJ - FFP) e Wellington Lopes Goes (Coletivo Força Ativa)

Para percepção das marcas que o colonialismo deixou na população fragilizada pela escravidão, se faz necessário (re) criar o sentimento de identidade do lugar de origem de quem foi arrancado. Ao fazermos a leitura do trabalho do professor Andrelino Campos - Do Quilombo à Favela: a construção do espaço criminalizado da cidade do Rio de Janeiro, observamos os reais interesses envoltos na organização do território brasileiro a partir da segregação capitalista que, tem nos empurrado cada vez mais para as margens das grandes cidades.


QUINTA-FEIRA. Dia 19 de Setembro de 2013

Mesa:O Ensino de Geografia na Escola: princípios e propostas para uma atuação docente crítica. 20h.
Ana Maria Mastrangelo e Andreia Jofre Alves (Unicastelo)

A formação e a prática do professor de Geografia deve levar em consideração um ensino efetivamente voltado para a aprendizagem do aluno, sujeito histórico e socialmente constituído, ativo na construção de seus conhecimentos. O professor com o papel de mediador da relação da escola - conteúdos geográficos deve ajudá-lo em seu processo de desenvolvimento intelectual, cognitivo, afetivo e social. 


SEXTA-FEIRA. Dia 20 de Setembro de 2013

Mesa: (In) Sustentabilidade. 20h.
Maria Rodrigues (MST), José Mariano Caccia Gouveia (UNESP- Presidente Prudente) e Lino Leandro de Barros (MST e SMA de Iperó-SP) 

Ambientalmente equilibrado, socialmente justo, economicamente viável: estes são os pilares do conceito de sustentabilidade que vem sendo difundido. São eles compatíveis uns com os outros? É possível que quilombolas extrativistas e assentados do MST cheguem a um patamar de produção e comercialização que os insira na economia e garanta uma vida digna, mantendo uma produção saudável e não predatória social e ambientalmente dentro do sistema capitalista? Quais mecanismos eles desenvolvem? E qual o papel do Estado e da sociedade civil em tudo isso?


SÁBADO. Dia 21 de Setembro de 2013
Trabalho de Campo, mais informações no blog http://www.geografia-fsa.blogspot.com.br/ e no email campogeo2013@gmail.com

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